O Escritório do século XXI e as Pandemias

A disseminação do Coronavirus (COVID-19) atingiu níveis alarmantes em vários países e já é tratado como pandemia. Isolamento total e estado de emergência foram declarados em várias partes do globo. Em contraste a este cenário, a humanidade nunca esteve tão online. Mas estamos tirando proveito desta conexão?

Atualmente são visíveis os efeitos dos cuidados misturados com medo do Coronavirus. Na capital gaúcha, a população está evitando as ruas, prateleiras de mercado estão ficando vazias e o transito está com menos da metade do movimento normal em horários de pico. O momento é de cautela e a orientação é ficar em casa. Um movimento bem provável de acontecer é que pessoas que trabalham dentro de escritórios passem a trabalhar em casa. O conhecido homeoffice.

A popularização e o barateamento de tecnologias permite que agora possamos ter links de internet de fibra óptica. O que era luxo de algumas empresas a um punhado de anos atrás agora disponível no conforto de nossas casas com velocidades sobressalientes para um usuário doméstico comum. A aritmética aqui é fácil de ser lida, mas é difícil entender o resultado: temos a disponibilidade tecnológica + facilidade de recursos + oportunidade de trabalhar em casa. Por que essa equação resulta em apenas 5,2% do total de trabalhadores ocupados no país? (dados do IBGE de 2018)¹.

Um pouco de fundamento

Frederick Winslow Taylor (1856 - 1915) é conhecido como o pai da administração científica. Ele propôs formas de racionalização do trabalho por meio do estudo de tempo e movimentos dos trabalhadores e uma série de princípios para o desenvolvimento da Administração. Uma das consequências desta abordagem é a robotização dos trabalhadores e a responsabilidade para as gerências de controlar e supervisionar os funcionários. Para operadores de uma fábrica do início do século XX, funcionou muito bem. Entretanto, o Taylorismo vem se repetindo até os dias de hoje.

A figura do gerente “tratando nas rédeas curtas” seus subordinados, cobrando horários perfeitos no relógio-ponto e não por sua proatividade, produtividade e criatividade são muito comuns. A metodologia é do século XX, mas vivemos no século XXI!

Consultei prof. Dr. Paulo Ferreira

A pergunta que não cala, professor Paulo, a mudança dos hábitos provocadas pelo Coronavirus vieram para ficar?

“Estamos enfrentando um problema sério, mas não inédito, já passamos várias vezes por pandemias mundiais. A diferença hoje é que com as redes sociais atuais existe um sentimento de pertencimento, todos desejam colaborar, isto é ótimo! Para que realmente mudasse a relação empregado empregador, o modelo de relacionamento organizacional atual, seria necessário um período que estimo de 24 meses para incorporar a mudança de hábitos ao nosso comportamento. Os sapiens vêm atuando do mesmo jeito a vários milênios, mudar isso somente com uma ruptura furiosa e longa. Entendo ser uma oportunidade muito interessante para eu mudar, não podemos imaginar uma mudança geral, afinal não é do interesse das autoridades nem dos que se vitimizam. Se ao sair desta crise, e vamos, ficar o hábito de relacionamentos colaborativos construtivos, certamente iniciaremos uma mudança que nos afastará do Taylorismo. Teremos oportunidade de unir os humanos as máquinas para alcançar um resultado construtivo, não sei se melhor, mas consigo prever mais liberdade, menos poluição provocada pelos deslocamentos, eliminação da hierarquia organizacional, fim da relação de dependência, mudanças de regras protecionistas ou exploratórias no trabalho, enfim um novo ambiente, e se isso melhorar o grau de felicidade dos humanos seria a redenção. Por enquanto, vamos aproveitar e experimentar o que se apresenta para nosso crescimento e desenvolvimento pessoal.”

E me pergunto, para hoje?

Em momentos como essa pandemia que exigem mudanças de atitudes, esse relacionamento profundo com antigas metodologias precisa ser rompido. Dependendo do caso, muitos diretores e gestores não conseguirão adaptarem-se as mudanças necessárias, não estão prontos para entender a situação, colocarão em um risco enorme de saúde aos envolvidos e pessoas próximas.

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Leonardo Silva

Responsável Técnico da Tchebyte

Microsoft Certified Professional (MCP), Especialista em Segurança de Redes (CNSS) pela International Cybersecurity Institute (ICSI) e Cyber Security Foundation Professional Certificate - CSFPC™. Trabalha com Tecnologia da Informação com infraestrutura de servidores, segurança da informação, adequação a LGPD, gestão e controle de equipamentos, monitoramento de ativos, tratamento de dados, etc. Veja mais aqui.
Certified Network Security Specialist Microsoft Certified Profesional Cybersecurity-Foundation-Professional-Certificate

Com a participação especial:

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Prof. Dr. Paulo Ferreira

Presidente do Instituto Eckart

Presidente do Instituto Eckart, Ph.D. em GESTION Y COMERCIALIZACIÓN INTERNACIONAL DE LA EMPRESA pela Universidad de León/Espanha, consultor de empresas em estratégia e comportamento humano, neurocientista e pesquisador na área de Neurociência Cognitiva Comportamental.

¹ Disponível em G1. Acesso em 17 de março de 2020.

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